O papel das ilustrações na Pedagogia divina
Embora seja óbvio elogiar as matérias que esclarecem a importância das vacinas, na edição de fevereiro da Revista Adventista (RA), destacarei o breve artigo “talento artístico”. O material é composto por três quadros e um breve comentário, onde é dito que “a arte pode ser um meio de apresentar as Escrituras de novas maneiras” (pg. 20-21). A primeira ilustração, pode desmitificar a visão de um Cristo europeu, imposto na Idade Média; a segunda amplia a cena da tempestade no Lago da Galileia, valorizando ainda mais o milagre de Jesus e a última, nos identifica com a história bíblica, pois temos nossas próprias tormentas.
Com base nisso, desejo destacar outra coisa: a qualidade das ilustrações da Revista Adventista e demais publicações da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Geralmente valorizamos o conteúdo escrito, entretanto a moldura (gráficos, desenhos, fotos e ilustrações) onde a verdade é colocada também cumpre um papel importante. Ao meu ver, a eficiente programação visual assume, entre outros, o papel de:
1. Ilustrar as verdades eternas da Palavra de Deus, despertando o interesse e facilitando sua compreensão. Os recursos visuais presentes na RA evocam o ensino-aprendizagem do Antigo Israel, especialmente a estrutura do Santuário e seus ritos, usados por Deus para alcançar os menos escolarizados e impressionar a todos com Seu plano salvífico (ver Ex 25-31);
2. Exaltar o belo, o gracioso, o excelente, deleitável, virtuoso, justo, puro e tudo que é de boa fama, e demais virtudes cristãs, que sempre “devem ocupar o nosso pensamento” (Fl 4:8);
3. Apresentar, de forma equilibrada, o papel da arte sacra e demais artes visuais na vida humana e experiência cristã. Certa vez, ao conversar com o Pr. Hélio Carnassale sobre as fotos que ilustram nossos periódicos, ouvi dele: “A CPB não vai nem tanto a terra nem tanto ao mar,” referindo-se ao equilíbrio na escolha dos postes. Parabéns pela manutenção, a mais de um século, de um padrão visual que transmite paz, em meio a violência crescente; fé, em um mundo incrédulo e salvação, em um planeta confuso. (Ribamar Diniz é pastor, escritor e editor. Mestrando em Teologia (SALT/FADBA), membro da Sociedade Criacionista Brasileira e pastor na Missão Pará Amapá)
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