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Foto do escritor Ribamar Diniz

Palavra Viva

React Revista Adventista Fevereiro de 2024

Quando eu era jovem, ouvi um conselho de meu pastor distrital (Ivay Araújo): “Quando eu recebo a Revista Adventista, eu tenho o santo costumo de ler toda de uma vez”. Tenho aplicado o conselho quase à risca, e renovei essa meta para mais um ano. Desde 1996, quando conheci a Igreja Adventista, tenho lido sistematicamente nossa Revista, e desejo manter esse hábito até que Cristo venha. Depois da Bíblia, da lição da Escola Sabatina e dos livros de Ellen White, a RA tem sido meu principal alimento espiritual e informacional em relação a obra de Deus.


Em 2024, o novo design aumentou ainda mais meu interesse. Com textos da capa alinhados à esquerda e manchetes na base, fonte mais cheia e menos linhas no interior, além do uso de círculos em vez de quadrados, o estilo clean se adapta melhor as gerações atuais. A única coisa que não muda, há 119 anos, é a qualidade e atualidade dos textos. Poderia dizer que a RA, a semelhança do mel e do vinho, conservam o sabor e melhoram com o tempo. Meu apelo como leitor assíduo é que resgatem/incluam novas seções (história da igreja, notícias regionais, jovens, etc.) e consultem os líderes e novos membros sobre assuntos que consideram importantes e podem ajudá-los no dia a dia. Não sei até quando a parceria com a excelente Adventist World prosseguirá, pois perdemos muito espaço para conteúdos contextualizados com o Adventismo brasileiro. Devemos manter, é claro, a interação com a Igreja Mundial. Penso que o número de propagandas (em fevereiro foram 8, incluindo a contracapa) poderia ser menor e o espaço melhor aproveitado.


A edição de fevereiro, com diferentes artigos e abordagens (a entrevista sobre espiritualidade, a análise do dom de línguas, a divulgação do Museu de Arqueologia Bíblica, e o excelente artigo de capa), os editores oferecem respostas a crise hermenêutica enfrentada pelo Adventismo, cujas consequências podem ser, por um lado, o desenvolvimento de uma fé dicotômica, mística e fria ou holística, fundamentada e vibrante. Tudo depende de colocarmos em prática os princípios e exemplo de Jesus, em relação a “verdade” (Jo 8:32; 17:17). Afinal de contas “quem é de Deus ouve as palavras de Deus” (Jo 8:47).   

 

Ribamar Diniz

Belém, PA     

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